Reflexão Evangelho (Mt 8,5-11)

 


Segunda-feira Is 4,2-6 (ou Is 2,1-5) | Sl 121(122) | Mt 8,5-11
 

Estamos iniciando um tempo muito especial na nossa vida, o Advento. É o tempoda espera e por essa razão a liturgia da Palavra deste tempo nos fala de esperança.Porém, não é uma espera passiva, mas comprometida com a vinda do Senhor. Quemnos acompanha neste tempo litúrgico é o profeta Isaías, também conhecido como profeta da esperança. No texto da primeira leitura de hoje, Isaías fala de um tempo de esplendor e glória, um tempo em que a terra dará frutos e quem os colherá são os sobreviventes das tribulações, aqueles que perseveraram diante das dificuldades e sofrimentos que vimos durante a última semana do Tempo Comum. Estes sobreviventes serão chamados de santos e terão como prêmio a vida nesta nova cidade, a nova Jerusalém, uma cidade purificada de todas as suas manchas, lugar onde se pratica a justiça e que terá sempre a proteção de Deus, dia e noite,simbolizada na nuvem que faz sombra durante o dia e clarão de chamas que iluminarão a cidade durante a noite, na tenda para dar sombra contra o calor do dia e no abrigo e refúgio contra a ventania. Enfim, uma cidade morada de Deus, onde reina a paz. Assim, neste tempo do Advento, deixemos brilhar em nós a luz dessa esperança da qual fala o profeta Isaías. Esperança é acreditar que as coisas irão melhorar e que as nuvens negras que encobriam a terra estão se dissipando. Agora vislumbramos a luz de um tempo novo que dentro de algumas semanas se concretizará no Natal do Senhor. Acreditando nesta boa notícia, sigamos firmes na preparação para esta grande festa do nosso calendário litúrgico. Sigamos com a fé que guiou o oficial romano ao encontro de Jesus, pedindo a cura de seu funcionário.
Vemos, assim, que dois elementos importantes do tempo do Advento estão presentes no evangelho de hoje: a fé e a esperança. O oficial romano dá provas da sua fé e mostra que age com justiça para com seus subordinados. Ele se preocupa com eles e pede que Jesus o cure. A fé deste homem é tanta que basta uma palavra para que seu empregado fique curado. Aqui temos a expressão que usamos todos os dias, na hora da comunhão, quando o corpo de Cristo é apresentado: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo”. É um testemunho de fé digno de ser imitado e repetido. Não somos dignos da entrada de Jesus na nossa vida, mas basta uma palavra dele e estaremos com ele e ele conosco. Que sejamos promotores do Reino de Deus. Esse Reino que não tem fronteiras,como nós vemos no evangelho de hoje, quando Jesus concede a cura, através da fé,ao funcionário do oficial romano. Esse reino que é fruto da paz e da justiça, construído com fé e esperança. Que saibamos caminhar ao encontro de Jesus que vem, com respeito e fé, como fez o oficial romano, na certeza de que ele vem para curar as nossas feridas, libertar-nos dos males que nos atingem, purificar-nos dos nossos pecados, dissipar as trevas que nos atingem, como mostra Isaías na primeira leitura.

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