Reflexão Quarta-feira 22/12/2021 4º Semana do Advento 1Sm 1,24-28 | Sl (1Sm 2) | Lc 1,46-56


 Hoje, a liturgia nos coloca diante de duas importantes mulheres: Ana e Maria. Com
essas duas personagens, nós somos convidados a verificar como anda nosso processo
de preparação para o Natal. Ana, na primeira leitura, leva o filho Samuel, sinal  grandioso da graça de Deus na sua vida, para apresentar no templo, como pedia a lei judaica. Junto com Samuel, que será consagrado a Deus, ela leva também suas oferendas: um novilho, três arrobas de farinha e vinho. Esse ritual que Ana cumpre é um gesto de profundo agradecimento a Deus. A leitura fala, portanto, de ação de graças. É preciso constantemente reconhecer o quanto Deus age na nossa vida, pela sua infinita graça. Estamos nos preparando para a maior festa de ação de graças do nosso calendário religioso: Deus que se faz homem e gratuitamente vem habitar entre nós. É motivo para agradecermos sempre. Seguindo o exemplo de Ana, façamos da nossa vida uma constante oferenda a Deus.
O evangelho é o cântico atribuído a Maria, o Magnificat. Nele Maria agradece a Deus por tantas maravilhas que ele, o todo-poderoso, fez em sua vida e na vida de todos os seus. É um cântico profético, de anúncio e de denúncia. Maria anuncia que sua pequena alma se engrandece diante de Deus e que seu espírito se alegra neste mesmo Deus que, ao olhar para sua pequenez, olhou para todos os humildes. Reconhece que um dia todos irão reconhecê-la, chamá-la de bem-aventurada, não pelos seus merecimentos, mas pela graça de Deus em sua vida. Reconhece e anuncia a grande misericórdia de Deus, uma misericórdia que não se limita a um povo, tempo ou espaço, mas que se estende de geração em geração, basta apenas que se tema a Deus, que o respeite e que se reconheça sua infinita misericórdia e bondade. Em sua denúncia profética, ele recorda que Deus não está alheio às injustiças, ao sofrimento humano. Proclama com coragem que Deus mostrará, num momento oportuno, a força do seu braço. Ele derrubará dos seus tronos todos os que são
soberbos de coração, os que se acham poderosos. Todos os que, com seu poder, oprimem os outros, receberão o que merecem. Quanto aos humildes, ele os elevará como elevou Maria na sua humildade de serva. Deus irá saciar de bens os que nada possuem, os famintos. Já os ricos, ele irá despedi-los de mãos vazias. Com denúncias e anúncios tão contundentes, Maria nos ensina como será esse tempo novo, com a vinda de Jesus.
Que com a coragem e a ousadia destas duas mulheres a humanidade possa aprender
a preparar melhor a chegada do menino Deus e fazer da vida verdadeira ação de
graças.

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