Reflexão Segunda-feira 3ºSemana do Advento Nm 24,2-7.15-17a | Sl 24(25) Mt 21,23-27


Nesta segunda-feira da terceira semana do advento, a liturgia nos alerta para termos os olhos bem abertos diante do processo de preparação para a vinda do Senhor. Olhos abertos para não nos deixarmos enganar pelas falsas promessas que pegam carona neste tempo tão especial. Uma delas vem do comércio, que faz de tudo apenas com o intuito de vender. A preparação para o Natal se transformou num verdadeiro mercado e, se não tivermos visão crítica da realidade e dos apelos comerciais, acabaremos caindo na tentação do consumo desenfreado, esquecendo-nos do essencial. É algo parecido que nos ensina a primeira leitura extraída do livro dos Números. Balaão tem os olhos bem abertos para discernir a realidade que está vivendo e procura deixar-se guiar por Deus para perceber os sinais dos tempos: a estrela que sai de Jacó e o cetro que se levanta de Israel. É um tempo novo que se anuncia. Porém, é preciso saber lidar com as situações que estão envoltas neste tempo e nestes sinais que podem nos enganar facilmente se não formos espertos. Essa esperteza está presente na ação de Jesus, que, no evangelho de hoje, enquanto ensina no templo, recebe a visita de autoridades que querem desmerecer seus ensinamentos e sua autoridade. Eles questionam a Jesus, mas são surpreendidos com questionamentos mais contundentes ainda, aos quais eles não são capazes de responder. A estratégia de Jesus é eficaz e coloca os sumos sacerdotes e os anciãos numa situação difícil. Qualquer resposta que eles dessem os deixaria diante de um impasse. Com isso, Jesus também não precisa responder ou justificar com que autoridade ele fazia tais coisas. A verdade sempre prevalece diante de mentiras e de armadilhas.Portanto, neste tempo de preparação para a vinda do Senhor, tenhamos cuidado
com todo tipo de armadilha que pode nos desviar do projeto de Deus e dos verdadeiros valores do Reino. Para tanto, precisamos rezar como pede o salmo dehoje: “Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos e fazei-me conhecer a vossa estrada”. Às vezes, encontramo-nos numa encruzilhada e fica difícil saber qual caminho seguir, qual é o verdadeiro caminho, porque todos parecem maravilhosos. Diante disso, devemos pedir: “Vossa verdade me oriente e me conduza”. Deste modo, Deus nos levará a conhecer a sua estrada e discernir entre o que é dele e o que não é.

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